segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cada louco com a sua

Eu tenho muitas. Variadas. Normais. Esquisitas. Bizarras. Muitas mesmo.
Todo mundo tem a sua. Mas as minhas...

Ordenar os sabonetes por cores, sendo sempre a próxima cor bem diferente da anterior, para não repeti-las? Eu faço.
Apertar botões de controle remoto? Também. O problema é quando eu não cubro direito a parte da frente e acabo mudando o canal da tv ou até mesmo a configuração. Por isso que a solução é tirar as pilhas. Mas enche o saco, porque toda vez que quero realmente usar o controle, tenho que colocá-las de volta. E é um tira e põe dos infernos!
Bater as unhas na mesa? Normal. Verdade, vamos pra próxima que essa é muito comum.
Pendurar a bolsa cada dia num 'puxador' diferente do meu armário, de uma forma cíclica, para que eles não se repitam. (É muito peso e eles podem ficar cansados! Então tem que dar uma boa trégua até pendurar a bolsa no mesmo puxador novamente.)
O meu porta-sabonete do banheiro pode ser usado dos dois lados. Toda vez que tomo banho, eu troco o lado que ele está pra cada dia o sabonete ficar apoiado em um lado dele.
Anotar os nomes das cores de esmalte que passo, com a respectiva marca, toda vez que acabo de fazer a unha.
Ainda dentro desse assunto, quando o pincel do esmalte encosta pela última vez na última unha, eu olho as horas no meu celular (tem que ser do MEU celular) e conto exatos 31 minutos para poder voltar às minhas atividades. (Futilidade? Não. Mania mesmo. Mania que me atrapalha um bocado quando to atolada de coisas pra fazer. Mas já to pegando a manha e tenho me organizado melhor ultimamente...)
Antes de dormir, eu fecho a porta do meu quarto. Ok. Mas eu tenho medo de ter passado a chave e eu não quero dormir trancada. Então eu abro N vezes a porta pra ter certeza de que a minha mão não está trancando a porta. (Alguém conseguiu entender?!?!?!?)

Se algum psicólogo ou terapeuta ler isso aqui... vai querer me internar!
E gente, eu não tive coragem de contar as piores... Acreditem!

Cada louco com a sua?
Então me deixem com as minhas!

domingo, 19 de outubro de 2008

Vivendo ou deixando a vida passar?

Hoje eu acordei com uma sensação diferente. Acordei com febre. Mas não é essa sensação a que me refiro. Acordei fisicamente mal, com muito frio. Acordei mentalmente bem, com muita vontade!
Algo aqui dentro me dava a certeza de que quero e posso muito mais. Muito mais do quê? Muito mais da vida!
Passamos do meio de outubro... e aí? Como foi esse ano pra mim? Foi "O" ano? Ele fez diferença na minha vida? Eu cresci? Eu melhorei? Eu ouvi mais e falei menos? Eu dei atenção pro que deve ser dado? Eu ignorei grandes oportunidades? Eu valorizei o que me faz feliz? Eu me valorizei? Eu aprendi muita coisa? Eu fui em todos os lugares que queria ir? Eu conheci mais pessoas e dei a oportunidade pra elas me conhecerem? Eu arrisquei? Eu enfrentei meus medos? Eu atravessei a minha própria fronteira, o meu próprio limite?
Para cada pergunta, uma resposta diferente. Mas em todas elas, a certeza de que eu posso muito mais.

Naquele instante em que a vontade de me cobrir de edredons não cessava, a vontade de me descobrir para o mundo aumentava.
E esse mundo que a gente tanto fala ficou tão pequenininho. E eu fiquei tão grande!!! Que nem o Pequeno Príncipe!!!

Eu sempre enxerguei tudo que esteve na minha frente, ao meu redor. Agora, vou enxergar tudo que ainda não posso alcançar, mas que um dia, muito em breve, irei abraçar.

"Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante."
Antoine De Saint-Exupery

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Meus passos pela dança

Fiz Ballet Clássico dos 5 aos 17 anos. Por quê? Não sei. Minha mãe queria! Minha mãe era bailarina do municipal. Sei lá... acho que era um sonho dela que eu fosse também. Coitada!
Nada contra o Ballet Clássico, até mesmo porque ele foi muito mais presente na minha vida do que muita coisa que eu realmente queria, mas tenho que dizer: ele é preso. É leve, delicado. Mas é preso. A música é linda, a música flui. Mas ele é preso.
Todo final de ano, uma apresentação. Eu amava o palco. Mas o clássico... o clássico...
Defensores do clássico: não me critiquem! Tentem me entender. Talvez o vejo tão preso por ter ficado tanto tempo presa a ele.
Mas também foi ele, o Clássico, que me deu a base necessária, que é fundamental pras danças que eu amo...

Jazz. Agora sim! Agora me deixa fluir... agora vem dançar, que o Jazz é simplesmente envolvente, leve, contagiante e perfeito. Ele me leva. Não preciso pensar, não preciso querer... ele quer por mim, ele manda em mim e eu me atiro a ele.
Minha adolescência teve o brilho necessário devido às minhas aulas de Jazz!
Bom, não preciso falar muito dele. O que sinto já é gigante o suficiente para não caber aqui...

Contemporâneo? É um feitiço que se desenrola no corpo, que desembaraça a alma... que transcende à flor da pele. Também me fez bem. Na verdade, fez mais! A Dança Contemporânea que me ensinou a me desapegar, a deixar meu sentimento comandar... a sentir a magia do ritmo da vida e arriscar, sem ensaio, o passo seguinte.

Samba... Rosas de Ouro me deixou resquícios de um delirante passado na avenida. Me deu a alegria sem tamanho que não se contém nas rápidas e saltitantes trocadas de pernas.

Street e Hip Hop... minhas novas taras. Batidas marcadas. Passos aceleradamente ágeis. Estou cada vez mais envolvida nesse ritmo comercial até o cu... mas eu gosto, eu amo! Fazer o quê?

Fiz aula de Ballet Clássico, de Sapateado, de Jazz, de Dança Comtemporânea (Ah... o Jazz e o Comtemporâneo! Quem dança, por favor: dance esses dois! Mais delicioso impossível!), de Salsa, de Gafieira, de Street, de Hip Hop... Mas...

Mas se as minhas amigas do Liceu Pasteur ousarem passar por aqui e não verem escrito sobre Axé... Ai, ai... estarei morta!
Pois é! Como nem tudo são flores, passei minha adolescência inteira levando músicas de axé para dançar na aula de educação física do colégio. Convencer os professores a me deixar sair do Hand ou do Vôlei pra dançar era uma tarefa um tanto quanto difícil... um esforço que me tomava sempre os primeiros minutos das aulas e isso me emputecia! Afinal, eu podia estar dançando em vez de ficar gralhando e ouvir o gralhar dos professores. Mas no final das contas, eles viam... num tinha jeito... Eles tinham que me deixar dançar!
E lá ia eu pro pátio... colocar o axé no último volume e inventar coreografias pra sair ensinando por aí depois...

Sempre amei dançar. Sempre amei criar dança. Quem me conhece sabe muito bem.
É só eu sentir, mesmo que de longe, que há alguma batida, alguma música tocando... Sai da frente que eu vou dançar!
Seja na balada, seja aqui no meu quarto (todo dia, aliás), seja de um carro passando na rua, seja de elevador, de shopping, de sala de espera de dentista... eu danço. Na hora. Não hesito em nenhum instante. Aliás, é messe momento, nesse momento em que a música toca, que eu não me toco, que eu não me importo, que há ZERO de vergonha aqui.
E acho que é por isso que gosto tanto, que amo tanto dançar. Porque durante a minha dança é que eu me sinto completamente livre. É quando eu não me importo com absolutamente nada que os outros estão pensando ou deixando de pensar sobre mim. É quando eu sou mais eu e o resto de nada me importa, de nada me incomoda, de nada me preocupa porque eu estou feliz ali, daquele jeito, me curtindo e me sentindo, sentindo a música liberar em mim...

Bom, vamos finalizar isso aqui, né cambada?
E vamos finalizar, então, com a coreografia que é a minha atual paixão (e ta quase toda decorada! Eeeeee!!! Agora falta um parceiro igual a esse - sou boba nem nada, fia! hahaha):



Let's dance!!!