quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Inspiração e transpiração

Por natureza, o homem é um ser preguiçoso. Ele está sempre em busca de idéias geniais que facilitem o cotidiano da vida. O ideal seria que, só com a força do pensameto, ele pudesse realizar seus sonhos e desejos. Mas como isso (ainda) não é possível, a humanidade foi criando mecanismos para ter menos trabalho.
Não. Não é isso. Quero dizer, não é bem isso. Vou começar novamente...
Por que existem pessoas que conseguem fazer acontecer e outras não? Por que há aqueles com brilho nos olhos e outros que apenas estão "cumprindo o expediente"? Como algumas pessoas conseguem realizar tantas coisas que transformam o mundo e outras passam desapercebidas? De onde vem a inspiração?
Acho que cada pessoa tem a resposta dentro de si. Muitas passam anos da sua vida ouvindo a resposta de outras pessoas, acreditando que é a sua resposta. Demoram a perceber e ficam frustradas com o fracasso. Não entendem por que não são felizes e não conseguem atingir "seus" objetivos.
Mas há pessoas que conseguem ultrapassar essa barreira e ouvir a sua resposta interior. Quando isso acontece, elas são dotadas de uma força descomunal, de poderes e idéias inimagináveis que causam a transformação. Essas conseguem fazer acontecer. Os sonhos se tornam realizáveis, seus desejos são legítimos e a felicidade cotidiana. Surge a paz interior.
Claro, não basta inspiração. Na minha opinião: 10% inspiração e 90% transpiração. Todo sonho que você quer que se concretize precisa de muita "mão na massa".
Inspiração é imprescindível para começar e para seguir em frente quando surgirem obstáculos - sem ela, na primeira dificuldade, você "pede pra sair".
Transpiração é a dedicação focada e constante, é o exercício de ir atrás e batalhar pelo que quer até alcançar.
Enfim, inspirar e transpirar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O que eu estou fazendo aqui?

Entendo a vida como um estágio no qual fazemos escolhas que moldam o nosso caráter e que, por sua vez, imprime em nossas almas quem verdadeiramente somos. Devemos encará-la como uma oportunidade de obter sucesso. Não sucesso relacionado a dinheiro e status, e sim sucesso como ser humano.
As situações que a vida nos apresenta estão sujeitas a dois caminhos, duas opções de escolha: uma boa e outra não tão boa. Não estou falando de bem ou mal, nem de certo ou errado, pois são questões totalmente relativas à criação, culturas e crenças. Estou falando de escolhas conscientes e de decisões pensadas e sensatas.
Fazer o que deve ser feito nem sempre é fácil, mas ter coragem para tomar decisões corretas é necessário.
Devemos evoluir. Buscar o melhor para nós é primordial, mas evitar indiferença às situações que podem prejudircar outras pessoas ou até mesmo o planeta em que vivemos é essencial para o alcance do tão almejado objetivo da vida, o sucesso como ser humano.
Devemos ajudar uns aos outros. Fazer o bem sem esperar recompensa enriquece nosso caráter e é uma forma eficaz de ficar "de bem com a vida", além de beneficiar nossa consciência.
Devemos ser gratos. Os acontecimentos de nossas vidas sempre nos acrescentam: os bons nos trazem alegria e auto-estima, os maus nos ensinam e fortalecem. É preciso agradecer a cada resultado obtido e a cada dia que amanhece, revigorando nossas chances de fazer diferente, nos dando uma nova oportunidade de sermos pessoas melhores.
Podemos pensar que é difícil agir dessa maneira, mas não é. Há uma forma de conseguir tal proeza, uma forma chamada AMOR.
Agindo com amor, respeitamos, entendemos, relevamos, lutamos pelo que é justo. Nos tornamos pessoas mais felizes e damos qualidade a cada dia que vivemos.
Seria esse o segredo do sucesso de uma vida? Amar? Eu acredito que sim. E sendo a vida uma oportunidade de amar e melhorar, de aprender e evoluir, sempre que houver a dúvida: "O que eu estou fazendo aqui?", entenderei que estou vivendo, que estou amando, que estou evoluindo e que estou fazendo o melhor para ser melhor.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tanto e tanto... Pra quê tanto?

Talvez nós devêssemos parar.
Corremos tanto e não chegamos.
Talvez nós devêssemos pensar.
Corremos tanto e não vencemos.
Talvez nós devêssemos refletir.
Corremos tanto e cansamos.
Talvez nós devêssemos aprender.
Correndo tanto, não tivemos tempo de abrir as asas para voar.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Trechinho de mim

Vem chegando de mansinho, se aconchega com jeitinho e domina o meu coração. Com pequenos passos, vou sozinha, vou gigante e pequenina, com a força da paixão. Bate forte e saltita. Arrepia e alivia. A alma acaricia. O amor, que de tão leve ficou pesado e caiu na imensidão do seu abraço, mergulhou num só pedaço. E agora, bem mais forte e envolvida, com mais ânimo e de bem com a vida, eu vou que vou. De mãos atadas, mas pés calçados, vou dançando ao ritmo de um sussurro, bem baixinho e esprimido, ao pé do meu ouvido e com gostinho de hortelã. Sininhos pra lá e cheirinhos pra cá.
Minha vida é minha arte, no meu palco, um show à parte.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Como parecer louco na sociedade moderna

Vamo combinar que é fácil, né? Até mesmo porque a questão deveria ser: como parecer normal na sociedade moderna...
Mas deixando de lado esse detalhe... Quer dar uma leve alegrada no seu dia?
É muito simples! Pequenas coisas fazem toda a diferença para a sua diária satisfação!
No 1º post desse tema, vamos começar com nada mais, nada menos, o tão usado e respeitado... o ELEVADOR!!!

  1. Aperte os botões do elevador e finja que eles dão choque
  2. Deixe cair sua caneta e espere até alguém se oferecer para pega-lá. Então grite: "Ei, é minha!”
  3. Traga uma câmera e tire fotos de todos no elevador
  4. Traga uma mesa para dentro do elevador e quando alguém entrar, pergunte se marcaram hora (essa precisa de uma pré-produçãozinha!)
  5. Leve um 'Banco Imobiliário' e pergunte para as pessoas se elas querem jogar
  6. Pergunte: "Você sentiu isso?”
  7. Fique bem perto de alguém e fungue o seu cangote de vez em quando
  8. Quando a porta se fechar, fale: "Tudo bem. Não entre em pânico, ela abrirá novamente.”
  9. Mate moscas que não existem
  10. Diga às pessoas que você pode ver sua aura
  11. Grite: "Abraço grupal!", então as force (faça isso quando tiver com um amigo. Vai ficar mais fácil)
  12. Faça caretas dolorosamente enquanto bate na sua testa e murmure: "Calem a boca, todos vocês, calem a boca!"
  13. Abra sua bolsa e, enquanto olha dentro dela, pergunte: “Tem ar suficiente aí dentro?”
  14. Fique quieto e parado no canto do elevador, encarando a parede (adoro fazer esse!!!)
  15. Encare outro passageiro por um tempo e grite com horror: "Você é um deles!", e recue devagar
  16. Escute as paredes do elevador com seu estetoscópio (é claro que, se você não é médico, você não terá um desses no meio das suas coisas... Mas se tiver, já sabe como usá-lo a partir de agora!)
  17. Faça barulhos de explosão quando alguém apertar um botão
  18. Encare outro passageiro por um tempo e fale: "Estou usando meias novas" (fiz esse hoje!!!)
  19. Desenhe um pequeno quadrado no chão com giz e diga para os outros: "Este é o meu espaço" (seguindo o estilo 'cada um no seu quadrado')
  20. Quando chegar no seu andar, abra a porta e grite: "Estou livre!!!"

Faça tudo como se fosse muito normal e saia do elevador como se nada tivesse acontecido.
Entendido?

Bom, me chamem do que quiser... Não posso esperar muitos elogios depois de um post desses... hahaha
Sem lá muito pudor, mas sempre com muita vontade de fazer cada instantinho ser mais divertido que o anterior... Essa sou eu, meus caros!

Ah! Vocês terão o prazer de ter outras dicas geniais (ha!), como essas (ha! ha!), num próximo post... Demais, não? Vocês não perdem por esperar! (Na verdade, perdem, sim! Vão fazer outras coisas!)
Se bem que pode ser que eu desencane e não escreva nunca mais sobre isso (se eu bem me conheço, é isso que acabará acontecendo - geminiana... começa, mas não termina...).

Não se melindrem! Muitas dessas 20 que escrevi acima podem ser feitas em qualquer lugar, não só em elevadores.
Usem a criatividade e libertem-se!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

...cause you're there for me too


Mais uma madrugada. E mais uma madrugada assistindo a 'Friends'. Já vi trocentas vezes todos os episódios. E sempre todos em ordem. Quero e preciso ver todos de todas as temporadas em ordem, ok?

Sou louca, maníaca e compulsiva por eles. Sou mesmo. E não me canso mesmo sabendo qual será a cena seguinte, a fala seguinte.

Como ando assistindo pelo menos uns 4 episódios por madrugada, eu tenho sonhado muito com "I'll be there for you...". É a trilha sonora dos meus sonhos. Sonhos os quais, vira e mexe, encontro um personagem de 'Friends' perdido. E na minha última noite, que foi muito mal dormida e agitada por sinal, lá estava ele: CHANDLER. Meu preferido.
Sim, também morro de rir com a imensa esperteza de Joey e com o mundo paralelo chamado Phoebe. Mas o Chandler... foi Bing à primeira vista! HA!
Bom, só pra não ficarem com ciúmes: Rachel - adoro principalmente por ser a Aniston que dá vida a ela. E eu adoro o jeito que essa mulher fala! Pode? Monica - comecei a gostar mesmo depois que começou a pintar algo entre ela e o meu queridinho Bing! Aí me apaixonei de vez por ela e eles viraram o que sempre foram: o casal perfeito (Desde o começo da série, sabe lá Deus porquê, antes de imaginar que os dois ficariam juntos, eu já torcia para que o Chandler gostasse da Monica... vai saber!). Ross e seu sacrificante "Hi" me dão vontade de dar um tapa na cara dele pra ele acordar pra vida e parar de ser tão nerd! Mas o ator é tão foda, que eu logo me rendo e caio na gargalhada só de olhar praquela cara de pastel de vento.

Voltando ao Chandler Bing... sabe, me acho parecida com ele. E isso me dá medo. Ou talvez eu queira ser parecida com ele. E isso me dá mais medo ainda. Às vezes me pego fazendo caras de Chandler, dando pulinhos de Chandler e ironizando feito Chandler. (só que meu pai não é gay!!! hahahaha)
Diferentemente do que eu acho (ou quero achar), as pessoas que me conhecem me acham parecida com a Monica... muitas vêm me falar isso. E eu concordo.
Mas... ah! Poxa vida... prefiro o Chandler!

Antes, eu pensava: "como o Chandler consegue sempre inventar algo tão absurdo ironizando o que tinha acabado de acontecer?". Isso pra mim era um desafio. Achava-o extremamente rápido. (Notem que ele é uma pessoa pra mim. Não um ator que decora um texto, ok?)
Mas depois de assistir muito a "Friends", pretensão à parte, peguei o jeito e a rapidez de Chandler. Meus pais e minha irmã que o digam - estou afiada! hahaha... E cada vez mais idiota. Eu tenho essa noção.
Mas eu gosto. Sempre amei ironias. E depois que o Chandler entrou na minha vida, ele só veio a acrescentar. Chegou nem tão de mansinho e me ensinou como usá-las diariamente.
(Gente! Eu realmente acho que sei fazer igual a ele! Perceberam??? hahahahaha)

Que post mais besta!
Eu reli e pensei: "vou apagar!". Mas não vou. Não vou porque não conseguirei escrever nada mais brilhante do que isso aí agora e, principalmente, porque daqui a pouco eu vou ter que levantar e eu não fiquei acordada até esse instante pra apagar tudo o que meu cérebro tanto se esforçou para os meus dedos digitarem! (?)

Ai, ai... vou deitar.
E pelo jeito encontrarei Matthew Perry no meu sonho novamente - nós trocaremos algumas piadinhas e riremos a valer da mínima graça que elas terão.
Mas qual o problema? Tenho o Chandler Bing em pessoa no meu sonho e vocês não têm! =P
Could it be more interesting? ;)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cada louco com a sua

Eu tenho muitas. Variadas. Normais. Esquisitas. Bizarras. Muitas mesmo.
Todo mundo tem a sua. Mas as minhas...

Ordenar os sabonetes por cores, sendo sempre a próxima cor bem diferente da anterior, para não repeti-las? Eu faço.
Apertar botões de controle remoto? Também. O problema é quando eu não cubro direito a parte da frente e acabo mudando o canal da tv ou até mesmo a configuração. Por isso que a solução é tirar as pilhas. Mas enche o saco, porque toda vez que quero realmente usar o controle, tenho que colocá-las de volta. E é um tira e põe dos infernos!
Bater as unhas na mesa? Normal. Verdade, vamos pra próxima que essa é muito comum.
Pendurar a bolsa cada dia num 'puxador' diferente do meu armário, de uma forma cíclica, para que eles não se repitam. (É muito peso e eles podem ficar cansados! Então tem que dar uma boa trégua até pendurar a bolsa no mesmo puxador novamente.)
O meu porta-sabonete do banheiro pode ser usado dos dois lados. Toda vez que tomo banho, eu troco o lado que ele está pra cada dia o sabonete ficar apoiado em um lado dele.
Anotar os nomes das cores de esmalte que passo, com a respectiva marca, toda vez que acabo de fazer a unha.
Ainda dentro desse assunto, quando o pincel do esmalte encosta pela última vez na última unha, eu olho as horas no meu celular (tem que ser do MEU celular) e conto exatos 31 minutos para poder voltar às minhas atividades. (Futilidade? Não. Mania mesmo. Mania que me atrapalha um bocado quando to atolada de coisas pra fazer. Mas já to pegando a manha e tenho me organizado melhor ultimamente...)
Antes de dormir, eu fecho a porta do meu quarto. Ok. Mas eu tenho medo de ter passado a chave e eu não quero dormir trancada. Então eu abro N vezes a porta pra ter certeza de que a minha mão não está trancando a porta. (Alguém conseguiu entender?!?!?!?)

Se algum psicólogo ou terapeuta ler isso aqui... vai querer me internar!
E gente, eu não tive coragem de contar as piores... Acreditem!

Cada louco com a sua?
Então me deixem com as minhas!

domingo, 19 de outubro de 2008

Vivendo ou deixando a vida passar?

Hoje eu acordei com uma sensação diferente. Acordei com febre. Mas não é essa sensação a que me refiro. Acordei fisicamente mal, com muito frio. Acordei mentalmente bem, com muita vontade!
Algo aqui dentro me dava a certeza de que quero e posso muito mais. Muito mais do quê? Muito mais da vida!
Passamos do meio de outubro... e aí? Como foi esse ano pra mim? Foi "O" ano? Ele fez diferença na minha vida? Eu cresci? Eu melhorei? Eu ouvi mais e falei menos? Eu dei atenção pro que deve ser dado? Eu ignorei grandes oportunidades? Eu valorizei o que me faz feliz? Eu me valorizei? Eu aprendi muita coisa? Eu fui em todos os lugares que queria ir? Eu conheci mais pessoas e dei a oportunidade pra elas me conhecerem? Eu arrisquei? Eu enfrentei meus medos? Eu atravessei a minha própria fronteira, o meu próprio limite?
Para cada pergunta, uma resposta diferente. Mas em todas elas, a certeza de que eu posso muito mais.

Naquele instante em que a vontade de me cobrir de edredons não cessava, a vontade de me descobrir para o mundo aumentava.
E esse mundo que a gente tanto fala ficou tão pequenininho. E eu fiquei tão grande!!! Que nem o Pequeno Príncipe!!!

Eu sempre enxerguei tudo que esteve na minha frente, ao meu redor. Agora, vou enxergar tudo que ainda não posso alcançar, mas que um dia, muito em breve, irei abraçar.

"Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante."
Antoine De Saint-Exupery

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Meus passos pela dança

Fiz Ballet Clássico dos 5 aos 17 anos. Por quê? Não sei. Minha mãe queria! Minha mãe era bailarina do municipal. Sei lá... acho que era um sonho dela que eu fosse também. Coitada!
Nada contra o Ballet Clássico, até mesmo porque ele foi muito mais presente na minha vida do que muita coisa que eu realmente queria, mas tenho que dizer: ele é preso. É leve, delicado. Mas é preso. A música é linda, a música flui. Mas ele é preso.
Todo final de ano, uma apresentação. Eu amava o palco. Mas o clássico... o clássico...
Defensores do clássico: não me critiquem! Tentem me entender. Talvez o vejo tão preso por ter ficado tanto tempo presa a ele.
Mas também foi ele, o Clássico, que me deu a base necessária, que é fundamental pras danças que eu amo...

Jazz. Agora sim! Agora me deixa fluir... agora vem dançar, que o Jazz é simplesmente envolvente, leve, contagiante e perfeito. Ele me leva. Não preciso pensar, não preciso querer... ele quer por mim, ele manda em mim e eu me atiro a ele.
Minha adolescência teve o brilho necessário devido às minhas aulas de Jazz!
Bom, não preciso falar muito dele. O que sinto já é gigante o suficiente para não caber aqui...

Contemporâneo? É um feitiço que se desenrola no corpo, que desembaraça a alma... que transcende à flor da pele. Também me fez bem. Na verdade, fez mais! A Dança Contemporânea que me ensinou a me desapegar, a deixar meu sentimento comandar... a sentir a magia do ritmo da vida e arriscar, sem ensaio, o passo seguinte.

Samba... Rosas de Ouro me deixou resquícios de um delirante passado na avenida. Me deu a alegria sem tamanho que não se contém nas rápidas e saltitantes trocadas de pernas.

Street e Hip Hop... minhas novas taras. Batidas marcadas. Passos aceleradamente ágeis. Estou cada vez mais envolvida nesse ritmo comercial até o cu... mas eu gosto, eu amo! Fazer o quê?

Fiz aula de Ballet Clássico, de Sapateado, de Jazz, de Dança Comtemporânea (Ah... o Jazz e o Comtemporâneo! Quem dança, por favor: dance esses dois! Mais delicioso impossível!), de Salsa, de Gafieira, de Street, de Hip Hop... Mas...

Mas se as minhas amigas do Liceu Pasteur ousarem passar por aqui e não verem escrito sobre Axé... Ai, ai... estarei morta!
Pois é! Como nem tudo são flores, passei minha adolescência inteira levando músicas de axé para dançar na aula de educação física do colégio. Convencer os professores a me deixar sair do Hand ou do Vôlei pra dançar era uma tarefa um tanto quanto difícil... um esforço que me tomava sempre os primeiros minutos das aulas e isso me emputecia! Afinal, eu podia estar dançando em vez de ficar gralhando e ouvir o gralhar dos professores. Mas no final das contas, eles viam... num tinha jeito... Eles tinham que me deixar dançar!
E lá ia eu pro pátio... colocar o axé no último volume e inventar coreografias pra sair ensinando por aí depois...

Sempre amei dançar. Sempre amei criar dança. Quem me conhece sabe muito bem.
É só eu sentir, mesmo que de longe, que há alguma batida, alguma música tocando... Sai da frente que eu vou dançar!
Seja na balada, seja aqui no meu quarto (todo dia, aliás), seja de um carro passando na rua, seja de elevador, de shopping, de sala de espera de dentista... eu danço. Na hora. Não hesito em nenhum instante. Aliás, é messe momento, nesse momento em que a música toca, que eu não me toco, que eu não me importo, que há ZERO de vergonha aqui.
E acho que é por isso que gosto tanto, que amo tanto dançar. Porque durante a minha dança é que eu me sinto completamente livre. É quando eu não me importo com absolutamente nada que os outros estão pensando ou deixando de pensar sobre mim. É quando eu sou mais eu e o resto de nada me importa, de nada me incomoda, de nada me preocupa porque eu estou feliz ali, daquele jeito, me curtindo e me sentindo, sentindo a música liberar em mim...

Bom, vamos finalizar isso aqui, né cambada?
E vamos finalizar, então, com a coreografia que é a minha atual paixão (e ta quase toda decorada! Eeeeee!!! Agora falta um parceiro igual a esse - sou boba nem nada, fia! hahaha):



Let's dance!!!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Descanse em paz, minha guerreira!

Eu tinha 9 meses quando ela entrou em nossas vidas. E desde então, nunca mais saiu. E mesmo agora, não ousará, pois ninguém aqui vai deixar.

Vida sofrida, lágrima no coração, força na alma.
Vivia. Sobrevivia. Pelos outros, não por ela.

Neusinha, que cuidou tão bem aqui de casa, que cuidou tão bem aqui da gente. Era mais da família do que qualquer um de nós.

Sábado agora, entro no meu quarto. A Neusinha estava de joelho aspirando o chão.
Sempre levando tudo na brincadeira, inclusive a sua dor, ela me disse: "Fê, perdão! Perdão!!!" e caiu na gargalhada. Eu, rindo da graça que ela fez em cima de sua desgraça, disse: "Ta bom, Nê! Eu te perdôo!". E rimos.
Não lembro, mas acho que não me despedi dela nesse último dia em que a vi. Saí correndo pro meu compromisso e a deixei pra trás passando roupa.

Agora, vasculhando aqui, não sou capaz de achar uma foto da pessoa que mais fez por nós nesses 23 anos de companheirismo, de doação, de amor.

Nê, onde quer que você esteja, não me deixe.
Permaneça aqui, todos os dias, limpando as minhas coisas e deixando-as bagunçadas depois. "Roubando" os lençóis de casado dos meus pais porque eu gostava de lençóis grandes na minha cama. Não me deixando lavar o cabelo depois que você lavava o banheiro. Vindo até a sala e dizendo, há anos, sempre a mesma frase: "Fê, seu quarto já ta pronto!".

Ainda ouço a sua voz. Ainda ouço a sua tosse.
"Neusa! Pára de fumar!!!!"
"Já tentei, Fê! Mas parar pra quê se esse é o único prazer que eu tenho?"

É, Neusinha... nada eu sei sobre a vida. E me curvo aos seus pés: você é a minha heroína!
Com uma vida cheia de dificuldade, ela carregou a família dela no peito, se doando, sem ninguém se doar por ela.

O que eu mais desejo nesse mundo é que agora você tenha encontrado a tão merecida paz e tranqüilidade que você tanto buscou, mas nunca teve.

A vida não foi justa contigo. Mas a eternidade será.

Nê, precisei te perder para te dizer: EU TE AMO.
Descanse em paz.
Saudades eternas...

*Neusa Martins Lacerda 10/04/1956 - 29/09/2008*

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Eu finjo ter paciência

Eu mesma ia escrever. Ia escrever com as minhas palavras.
Mas vamos deixar pra quem realmente entende dizer o que eu realmente sinto.

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára, não...
A vida não pára


Paciência - Lenine

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vergonha alheia de mim mesma

Ok. Vergonha alheia você sente em relação aos outros. Dã! Eu sei.
Mas têm vezes - muitas, aliás - que eu tenho vontade de ma largar ali e sair correndo de tanta vergonha!
Não, eu não vou contar nenhum caso. Não vou dar esse gostinho pra vocês, não. Mas quem convive comigo há de concordar que é mesmo pra eu ter vergonha alheia de mim mesma.
Ai, Fernanda! Não é "vergonha alheia de mim mesma"! É só "vergolha de mim"!
Não me importa! Eu gosto da palavra "alheia" e ponto. Me deixem! Fora que o "alheia" alivia um pouco a minha barra. Conota que não sou eu que estou fazendo aquela merda toda.
E o "mesma"? Ah... o "mesma" é pra ser redundante mesmo!
A questão é que, ultimamente, toda vez que eu saio, eu espalho bizarrices por aí. E toda vez que eu lembro, eu caio na gargalhada sozinha. Hoje mesmo, eu tava numa fila pra pegar dinheiro no banco e ri muito ao lembrar de uma situação que rolou ontem. Em seguida ao riso, vem a careta... "Putz, por que eu fiz isso???".
Bom, eu to aqui devaneando e já me perdi toda no raciocínio. Se é que tinha algum raciocínio perdido por aqui.
Não sei o porquê desse post... Deixei vocês sem saber de nada... não escrevi nada... Mas me deu vontade de escrever... e resolvi escrever nada mesmo.

Só sei que agora eu vou dançar! Meu quarto vira A balada! É só soltar a música e sentir a atmosfera, o ambiente cheio de gente curtindo o som... Uma realidade toda inventada, porém vivenciada com a mais delirante veracidade.

É fácil ser feliz...
É só deixar-nos ir por onde a nossa vontade mandar e não se importar com o que os outros dizem, com o que der errado... Colocar você em primeiro lugar. Você é a sua prioridade e fará de tudo para se ver sorrindo, para se ver onde quer e vai chegar (mesmo que role uma "vergonha alheia de si mesmo" em seguida... Faz parte!).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Amores breves de metrô

É só comigo?
Porque sempre foi assim.
Claro, não é toda vez. Muito pelo contrário, é raro acontecer. Mas é um raro freqüente, sabe? Um raro que sempre, desde que ando de metrô, acontece.
E é engraçado. "Ele poderia ser o homem da minha vida!" - Aí já começam os surtos, vamos combinar! Mas adoro... é divertido me divertir!
E hoje aconteceu.
Eu estava sentada, o vagão não estava cheio. Abriram as portas: "estação Trianon Masp". Algumas pessoas entraram. Ele entrou. Ele entrou e parou em frente à porta. E ele parou tão lindo em frente à porta!
Aí, meus queridos, já foi amor à primeira vista. E como eu sei que eu nunca mais vou vê-lo, eu escancaro! Olho mesmo, fico olhando, sem desviar o olhar... Afinal, essa tal "força do pensamento" deve servir para alguma coisa!
Lá estou eu fixamente no "olha pra mim, olha, olha...". Por que não olha? E mais: por que os horroros e nojentos olham até quando você não está lá? É, porque quando você chega, eles já estão te devorando há anos!
Mas voltando à minha repentina paixão... Ele não olhava. A estação que eu iria descer era a próxima e eu iria embora sem nenhum sorrisinho??? Sem nenhuma simples troca de olhar, que seja???
Ah, vamos lá, perfeitinho desconhecido, pare de ser tímido!
Ta bom, vai! Eu me levanto, então.
Eu me levanto e faço o quê? Paro do lado dele.
E a parte mais divertida? Esbarro nele "sem querer"! (uma idéia genial, diga-se de passagem!)
Juro que nessa hora solto a maior gargalhada aqui dentro de mim... Mas a pose? A pose continua séria e sedutora (hahahaha... ok! Vamos acreditar que eu estava pra lá de sexy depois de ter percorrido quilômetros pela Paulista - em meu pleno e atual condicionamento físico!).
Bom, aí não tinha como, né? Ele olhou. Um pouco assustado, mas olhou. E olhou nos olhos (adoro pessoas que olham nos olhos! Ponto pra ele!).
E eu, rindo, toda marota, pedi desculpas.
Ele riu e falou sorrindo: "nada, não".
As portas se abriram e eu saí, deixando-o apaixonado para trás.
Saí contente. Contente porque foi o "nada, não" mais fofo que eu ouvi na vida!

Exageros à parte, é muito bom se apaixonar em segundos, amar em minutos e virar a página no fechar das portas.

Apaixonem-se!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O que faz você feliz?

Tanta... tanta coisa...
Sem ordem, sem "isso eu eu gosto mais, isso eu gosto menos", sem prioridades...

* Dançar, em qualquer lugar, inclusive sozinha no quarto
* Estar rodeada de pessoas queridas e alto-astral
* Gargalhar
* Falar alto e sem parar
* Tomar sol
* Cantar (no chuveiro e no videokê - quando me permitem)
* Argumentar sobre todos os assuntos, até os que eu nunca ouvi falar
* Conversar olhando nos olhos
* Procurar pontas duplas no cabelo
* Gritar quando me der vontade
* Fazer as unhas
* Apertar botões de controle remoto (têm uns que são mais gostosos de apertar do que outros)
* Cheirar folhas de papel
* Passar lápis no olho
* Estourar plástico bolha
* Apertar bochechas
* Experimentar roupas
* Bater as unhas na mesa
* Sentir cheirinho de bebê
* Tirar fotos
* Sair em fotos
* Olhar as mãos das pessoas
* Falar em inglês sozinha
* Comprar sapato
* Ouvir meus pais, meus tios e meus avós contando histórias do passado
* Lavar o cabelo
* Me olhar no espelho e apertar as gorduras pra dentro
* Torcer pelo Brasil em todos os esportes
* Inventar coreografias pras músicas
* Olhar o mar
* Sentir a brisa tocar no meu rosto
* Sentar na grama
* Ler livros deitada na rede
* Rir de qualquer besteira
* Abraçar forte
* Fazer cafuné enquanto o outro dorme
* Dirigir
* Espirrar
* Assistir aos DVDs de shows do Justin Timberlake (que homem é esse?!?!?)
* Assitir a 'Friends'
* Assistir a filmes (drama e suspense são meus preferidos)
* Assitir aos jogos da seleção masculina de vôlei
* Comer chocolate
* Comer pizza
* Comer amendoim japonês
* Tomar açaí
* Acordar no meio da noite e ver que ainda posso dormir um pouquinho mais

Há muito mais coisas que me fazem feliz... Essa é uma pequena parte delas...
Bom friozinho pra vocês!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Meu ensaio a favor da cegueira

Não sei. Simplesmente não sei o que está acontecendo. É tudo muito bom. Mas dá medo. Um vazio que está aqui dentro. Aqui dentro, completo. Medo.
Essa vida é mesmo muito engraçada e tem as suas ironias.
Sinto que to na melhor fase da minha vida. E justo agora? Não podia esperar eu curtir um pouquinho mais essa minha fase "livre, leve e solta", não? Por que justo agora???
Não deve ter um porquê. Mas nesse exato momento, feliz e saltitante, não sei por onde saltitar, não sei por onde ir!
Tenho receio de me arriscar, de procurar, de achar! Não quero achar. Mas preciso. E ta logo ali. Na verdade, ta logo aqui. Aqui dentro. É só eu me deixar descobrir. MEDO.
Nada é tão fácil quanto parece só pelo fato de ser gostoso. Tudo é mais difícil pelo fato de ser intenso.
Essa intensidade me assusta.
Alguns dos instantes mais intensos da minha vida podem tê-la transformado pra sempre. Só que esqueceram de me perguntar se eu quero essa transformação. Mesmo sem a pergunta, eu respondo: o que eu quero é que tudo continue como antes, como agora - tudo tranqüilo, tudo sob o MEU controle. Não quero perdê-lo. Até mesmo porque... perdê-lo pra quem? Então, melhor deixá-lo aqui comigo, ok?
Vou continuar cega. Essa é a minha escolha. A pior delas, eu sei. Irei descobrir quando o mundo me mostrar. Não irei atrás. Permanecerei aqui, sonsamente, como se nada estivesse acontecendo.

Preciso de mãos. Suas mãos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Enjôo de uma 6ª feira à tarde

O tempo estava abafado. A calça jeans estava me estrangulando de calor. Cheguei em casa lá pelas 3 da tarde. Tava mal. Embrulhada, enjoada. Eu nem tinha comido nada. Mas também nem dava pra pensar em comer que a ânsia piorava.
Entrei no meu quarto. Arranquei a 'confortável' calça jeans. Liguei o ventilador para jogar fora aquela atmosfera grudenta, parada e enclausurada. Deitei. Continuei passando mal.
Dali a alguns minutos, aquela ventania começou a me dar frio. Estiquei o braço e desliguei o ventilador.
Fiquei ali deitada, passando mal, olhando pro teto, olhando as hélices vagarosamente irem diminuindo a sua velocidade. E permaneci ali, olhando aquele movimento circular e massante. Olhar aquilo era um porre! Mas eu não conseguia parar de olhar. Eu precisava assistir ao momento exato que o ventilador iria parar. Tava demorando... demorando muito! E quanto mais lento ficava, mais olhar praquilo me enjoava, ainda mais, cada vez mais. Mas eu continuava olhando, olhando, olhando, olhando... e não parava. Caralho! Pára logo se não eu vou vomitar! Pára! Pára! PÁRAAAAAAAA!!!!!
Não parou. E eu vomitei.
Em seguida, o alívio.
Olhei pra cima e as malditas espátulas ainda esboçavam um mínimo movimento.
Agradeci. Eu nunca tive coragem de colocar o dedo ou seja lá o que for na garganta pra vomitar. Sempre tive aflição.
Mas, a partir de agora, quando eu estiver enjoada, eu ligarei o ventilador.

Cá com os meus botões, só tenho coragem de escrever algo tão bonito assim porque sei que ninguém nem sabe que esse blog existe.

Ei, você! Sim, você! Desconhecido que passou por aqui sem querer... Obrigada! E, mesmo depois desse post, volte sempre!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Que nome de blog é esse?

Minhas falsas verdades.
Tava eu aqui olhando pra esse domínio que coloquei no blog... Por quê? Por quê? Soa muita falsidade? Parece que vou escrever muitas mentiras? Uma boa geminiana, teoricamente, adoraria fazer isso. Mas não. Não é isso. Por quê?
Pensei, pensei, pensei e descobri.


Há uns meses, li o livro "A Sociedade do Espetáculo" de Guy Debord. E só agora venho perceber o tamanho da influência que as palavras de Debord trouxeram para o meu subconsciente.
Estamos acostumados a ouvir que na nossa sociedade o que importa é TER e não SER.
Discordo.
De acordo com Debord, o qual concordo, o que realmente importa não é nem SER e nem TER, é PARECER.
Você acha que o que o indivíduo escreve em orkuts, flogs, blogs e afins é o que ele realmente é ou tem?
Claro que não.
É o que ele quer que os outros achem dele, é como ele quer ser visto pelos outros.
Nada além disso. Ou melhor, muito além disso.
Nessa rotina caótica e equivocada, não existe uma verdade absoluta. Você pode ser quem você quiser, é só fazer com que os outros acreditem nessa exposição da sua 'verdade'.
Você não expõe o que você é nem o que você tem. Você expõe apenas o que quer que os outros vejam sobre você... o seu "belo eu". Como sou lindo, perfeito e foda! E todo resto que se foda!
"Eu sou mais eu" e todas as outras frases de comunidades de sites de relacionamentos... Tudo feito para APARENTAR.

Isso é futil. Isso é medíocre. Isso é uma falsa verdade.
Todos têm. Eu também tenho.
E esse blog é uma parte da minha.

Respondida a minha dúvida?

O começo da loucura...


Sempre gostei de escrever, mas nunca soube o quê.
Eu já tive um blog. Era mais um diário. Coisas de adolescente.
Passei para o flog. 5 anos de www.fotolog.com/nandaleone. Cansei dele.
Preciso de algo novo. Algo pra surtar, pra pirar, pra viajar. Viajar e não voltar mais.
É gostoso desembestar a escrever e tacar o foda-se para o que os outros pensam!
Bom, eu continuo sem saber o que escrever. Mas vim buscar meu longo tempo perdido aqui. Pra escrever o que vier na minha cabeça. Pra compartilhar loucuras normais, abusos surreias de demasiada falta de criatividade...
De alguém que tem muita coisa pra não expôr e sabe como deixar de fazer. Mas não vai deixar, vai fazer.

Talvez eu apareça aqui amanhã. Talvez não apareça nunca mais.
Eu quero ser lida, relida, devorada, amassada.
Até as vistas cansarem, embassarem e fecharem.

Meu beija-flor, que ia voar pra longe, resolveu voar ao meu redor.

Não tente achar nexo. Eu não achei.
Só sentindo faz sentido.