segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Meu ensaio a favor da cegueira

Não sei. Simplesmente não sei o que está acontecendo. É tudo muito bom. Mas dá medo. Um vazio que está aqui dentro. Aqui dentro, completo. Medo.
Essa vida é mesmo muito engraçada e tem as suas ironias.
Sinto que to na melhor fase da minha vida. E justo agora? Não podia esperar eu curtir um pouquinho mais essa minha fase "livre, leve e solta", não? Por que justo agora???
Não deve ter um porquê. Mas nesse exato momento, feliz e saltitante, não sei por onde saltitar, não sei por onde ir!
Tenho receio de me arriscar, de procurar, de achar! Não quero achar. Mas preciso. E ta logo ali. Na verdade, ta logo aqui. Aqui dentro. É só eu me deixar descobrir. MEDO.
Nada é tão fácil quanto parece só pelo fato de ser gostoso. Tudo é mais difícil pelo fato de ser intenso.
Essa intensidade me assusta.
Alguns dos instantes mais intensos da minha vida podem tê-la transformado pra sempre. Só que esqueceram de me perguntar se eu quero essa transformação. Mesmo sem a pergunta, eu respondo: o que eu quero é que tudo continue como antes, como agora - tudo tranqüilo, tudo sob o MEU controle. Não quero perdê-lo. Até mesmo porque... perdê-lo pra quem? Então, melhor deixá-lo aqui comigo, ok?
Vou continuar cega. Essa é a minha escolha. A pior delas, eu sei. Irei descobrir quando o mundo me mostrar. Não irei atrás. Permanecerei aqui, sonsamente, como se nada estivesse acontecendo.

Preciso de mãos. Suas mãos.

2 comentários:

Rafael Morpanini disse...

Meu DEUS quanta coisa mais complexa...a vida é mais simples viu nega.
Paz e Luz.

Catarina Fugulin disse...

Quero saber direito a que se refere essa cegueira toda.
Realmente, precisamos conversar.
Beijo.